- Você não pode ir a este encontro. – disse, com os braços firmes me segurando de costas para ele, sem me dar opção de soltar-me.
- Do que... Você está falando? – Me fiz de desentendida.
- De encontrar a sua família biológica. – Seguiu, sem me soltar, sussurrando no meu ouvido.
Pisei no pé dele e desvencilhei-me, o encarando:
- O que está fazendo aqui? Vai me dizer que o destino nos pôs no mesmo ponto de táxi? – Fiquei atordoada – Vou foder com o seu destino se continuar a me achar uma idiota.
Hades me puxou para perto dele, abaixando a cabeça:
- Não quero que vejam meu rosto – puxou uns óculos de sol do bolso, pondo-o na face.
- Me diga o que está fazendo aqui ou vou gritar. Veio me levar para eles?
- Estou protegendo-a, porra!
- Quê?
- Sou pago por seu pai para ser seu guarda-costas, Maria Lua.
- Como assim? – Dei um passo para trás, tentando entender o que estava acontecendo.
- Heitor Casanova me pagou para vigiar seus passos...
- Desde quando?
- Muito tempo.
- Muito tempo quanto?