Quarenta minutos depois e eu já não tinha a mínima noção de onde estava.
- Este lugar... Faz parte de Noriah Norte? – Perguntei ao motorista.
- Sim, senhora. Mas confesso que nunca estive para estes lados.
- O senhor... Irá me esperar para levar-me de volta? – Questionei, preocupada.
- Só recebi pela corrida de ida.
- Se eu pedir... Ou melhor, pagar, o senhor pode me esperar?
- Claro que sim. Mas... Vai custar caro. Aqui parece ser um lugar perigoso.
- Pago o valor que achar necessário. – Falei.
- Combinado. Mas precisa pagar adiantado. Neste caso, agora.
Sim, claro que ele faria aquilo. A questão é que eu não tinha nada de dinheiro em espécie, sequer para dar ao chantagista, visto que fiquei envolvida com meu pai, as idas e vindas entre Noriah Norte e Sul e todo tumulto acontecido na minha vida nos últimos dias, principalmente horas. O irmão de Salma teria que aceitar uma transferência, ou ficaria sem a porra do dinheiro.
Peguei meu relógio de pulso, em ouro puro, com as duas pontas