Despertei com a porta do quarto abrindo, arrastando no chão desnivelado, fazendo um som infernal. Abri os olhos com dificuldade, ainda sonolenta. Sentei rapidamente ao ver o rosto de Daltro.
Ele pôs o bebê sobre a minha cama e disse, com a voz aterrorizante e que me amedrontava sempre:
- Cuide do bebê. Preciso trabalhar.
- Que horas você volta?
- Tem compromisso? – perguntou ironicamente – Voltar para seu castelo encantado com um carro cor de rosa na garagem?
- Aqui é o meu castelo. – Debochei.
- O que quer, afinal?
- Quero saber o que foi feito do dinheiro que lhes dei.
- Não é problema seu.
- Quero saber onde está o seu irmão caçula, filho de Breno.
- Não lhe diz respeito.
- Quero saber quem é a família do bebê.
- Ouvi dizer que ele tem o mesmo sangue que você. E que corre o risco de ser sua única herança Hernandez depois da morte da “vovó Anya”. – Debochou.
- Me diga a verdade.
- Você daria uma boa detetive. Pena que é idiota... E mulher.
- Não sua concepção machista, mulheres não