AURORA SUMMER
Vi a maneira como sua mão apertou o volante e imediatamente soube que não deveria ter feito a pergunta.
— Desculpe, amor, você não precisa responder — falei, tocando sua mão, e ele relaxou um pouco.
O carro ficou quieto e me senti mal por falar desse tema naquele momento, mas o pai dele me fez querer saber como o acidente aconteceu. Talvez ele culpe Douglas por alguma coisa. Talvez seja por isso que ele é do jeito que é.
O silêncio permaneceu até Douglas parar em frente ao meu portão.
— Boa noite, amor. Por favor, não fique bravo. — pedi, beijando sua bochecha. Eu estava prestes a abrir a porta e sair, mas sua mão me impediu.
— Ele me culpa. Meu pai me culpa pela morte do meu irmão. — disse, e eu me virei para ele.
— Amor... — suspirei, aproximando-me para abraçá-lo.
— Uma noite, meu irmão voltou para casa devastado, de coração partido. Perguntei o que tinha acontecido e ele disse que tinha brigado com a namorada, que ela estava o traindo com outro homem. — ele