Amanda Almeida
Observo as nuvens carregadas entre alguns morros altos da comunidade detalhadamente. A minha hora favorita aqui é a noite, onde todas as luzes das casas são acessas, o que me lembra bastante o natal e vagalumes em meio ao anunciado da noite.
Eu amo aqui, o único defeito foi me envolver com uma pessoa errada.
Não adianta me lamentar, a merda foi feita, eu aguento às consequências.
Ouço o ranger dá porta do quarto ao se abrir vagarosamente.
Suspiro pesado encolhendo meu corpo abraçando com os braços as minhas pernas.
-Você não vem comer?- seu tom de voz é aparentemente preocupado, ecoa pelo cômodo . -Já tem dias que não come, Amanda.
Só aparentemente preocupado.
Eu odeio todo esse fingimento, eu odeio o seu tom de voz, o jeito que me toca é tudo tão... superficial.
Se esse homem algum dia foi apaixonado por mim, morreu.
Já faz dez dias que Gabriel me mantém presa no meu quarto, privada de tudo e de todos.
"Para sua segurança"
O olho de relance notando sua aproximação si