Capítulo 17

Rosa

Eu não queria, de jeito nenhum, que minha menininha se sentisse abandonada de novo. Ela não merecia se sentir renegada, e a ideia de que ela pudesse achar isso me partia o coração. Eu a observava com aqueles olhinhos brilhantes, cheios de esperança, e meu peito apertava.

— Meu amor, você sabe que não sou sua mãe de verdade, mas pode ter certeza de que eu te amo muito. E, sim, minha princesinha linda, você pode me chamar de mamãe — falei, sentindo a intensidade de cada palavra. Quando terminei de falar, ela deu um salto de alegria e me abraçou com tanta força que parecia querer nunca mais me soltar, me enchendo de beijos.

Meu coração acelerou, e não consegui evitar um sorriso ao ouvir a palavra "mamãe" sair da boca dela. Havia algo nessa palavra que me trouxe uma felicidade indescritível, um tipo de alegria que eu não sabia que precisava. Mas eu também sabia que precisava ser honesta.

— Mas tem uma coisinha, meu amor. Eu e o seu papai somos apenas amigos, tá? — tentei explicar, de
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