Minha cunhada me ensinou tantas coisas que eu jamais teria coragem de perguntar a outra pessoa. Era como uma professora para mim. E agora, mesmo assim, eu mentia para ela.
Cunhada fez sinal para que eu me sentasse. Coloquei minhas coisas de lado e me acomodei na cadeira em frente à dela:
— Chico, como assim você demorou tanto? Foi a Rebecca que complicou as coisas de novo?
Balancei a cabeça rapidamente, negando.
Cunhada franziu o cenho, intrigada:
— Então o que foi? Chico, o que aconteceu de verdade?
— Cunhada, não precisa saber disso...
Eu não fazia ideia de como explicar. Soltei essa desculpa qualquer, mas ela não desistiu.
— Ah, assim não dá. Se você não me contar, eu vou perguntar direto para a Rebecca.
Imediatamente segurei o braço dela:
— Não vai!
Ela segurou minha mão e deu dois tapinhas suaves no dorso, como se quisesse me tranquilizar:
— Chico, eu sou sua cunhada. Se você não confiar em mim, vai confiar em quem? Olha, mesmo que estejamos usando você para algumas coisas, não qu