"Meu Deus, será que eu marquei um encontro com a versão feminina do Sherlock Holmes? Que habilidade de dedução é essa?" pensei, já começando a ficar preocupado. Essa mulher tinha uma percepção afiada demais, e, para piorar, falava de forma tão direta e ousada que, se realmente começasse a bater de porta em porta, não seria impossível que ela me achasse.
Escrevi rapidamente para ela:
[O que você quer, afinal?]
[Nada demais. Só estou de mau humor e quero alguém para beber comigo. Claro, se você quiser vir, pode vir. No fim das contas, estou bem disposta a me vingar do meu marido infiel.]
Fiquei indeciso. "Vou ou não vou?" Depois de pensar por alguns minutos, respondi:
[Eu vou, mas com uma condição: nada de acender as luzes.]
[Entendido. Você não quer ser reconhecido. Pode deixar comigo.]
Peguei um boné e uma máscara, tentando cobrir ao máximo meu rosto. Ainda assim, achei que não era o suficiente, então decidi revirar o armário e encontrei um macacão velho que meu irmão usava anos atrás