Cecília não precisou me falar que a moça parada em frente ao seu apartamento, era a sua mãe.
A semelhança entre ambas já deixava bem explicito isso.
Ela está branca, como se tivesse olhando para um fantasma. O rosto da mãe dela me trazia familiaridade, como se eu a conhecesse de algum lugar.
Mas mal tive tempo para pensar nisso. Cecília pulou do carro assim que o motor parou de rugir. Ela conversava com a sua genitora, mas pela sua cara, era a última coisa que ela queria fazer naquele momento.
Os braços cruzados na frente do peito, a cara fechada e o vinco entre suas sobrancelhas, deixava isso bem claro. Cecília revirou os olhos para algo que a mãe lhe disse e negou com a cabeça, falando não diversas vezes.
Estava quase optando em ir embora, quando vejo ambas virarem em minha direção. Pela cara da Cecília, ela queria que eu descesse e fiz exatamente isso.
Como um bom cãozinho adestrado.
Só falta a coleira.
Enfiei a chave no bolso e pulei para fora da caminhonete.
Cam