"Nunca pensei fazer algo tão louco e absurdo como me apaixonar pelo meu professor. E o pior de tudo é que ele é muito lindo". O que era para ser apenas aulas normais transformou-se em algo muito mais, e isso não parece bom para nenhum dos dois envolvidos. Um romance proibido chega para agitar a vida do professor Clark, provocando uma mistura de emoções e muitos encontros escaldantes. Poderá este amor ultrapassar todas as barreiras?
Leer másEra o meu primeiro dia na aula de pós-graduação, a literatura tinha me proporcionado um romance direto com cada uma das formas e seus derivados de escrita — o que poderia ser considerado uma obsessão da minha parte. Mas eu realmente não me importava, existiam anos de entre a minha vida adulta e a responsabilidade que meus pais tinham comigo, ninguém tinha poder suficiente sobre mim para que me privasse desses pequenos prazeres da vida.
Jess, era uma garota antipática que não tinha capacidade intelectual suficiente para saber a hora de calar a boca, talvez fosse culpa da idade, a juventude era, na sua maioria, um bando de crianças crescidas e mimadas. E seu falatório durou cerca de vinte minutos, tempo suficiente para meus olhos reviraram algumas centenas de vezes. Minha irritação já estava em seu auge e faltavam poucos minutos para que meu caderno encontrasse a cabeça loura na carteira à minha frente.— Bom dia, guardem os telefones e os deixem no mudo. Não tolero interrupções e falatórios que não sejam sobre a matéria que estou passando no período. — Sr. Clark, segundo período de aula do dia, e pelo pouco tempo que ele teve para se arrumar em sua mesa, pude perceber que Jess faria da aula uma maratona de exibicionismo e da minha vida um inferno.As risadas e cochichos corromperam o silêncio imposto pelo professor, era normal para uma turma de jovens adultos, principalmente para os que estão embarcando no começo do fim de suas vidas.Como eu entrei alguns anos mais tarde que a maioria na faculdade, ao contrário dos demais, eu já tinha capacidade emocional suficiente para controlar minha excitação pela novidade. Então para mim, toda aquela ladainha de estudos, bar e noitada ou a queda infeliz pelo professor de psicologia não faziam a menor diferença para mim e me tiravam a pouca paciência que eu tinha.— Todos já passaram pela graduação e pressuponho que já conhecem as regras de convivência em sala de aula, não quero precisar trazer uma cesta para que deixem seus celulares desligados e seus outros aparelhos tecnológicos longe do meu olhar. — Ele se levantou após terminar de espalhar o material sobre a mesa. — Mas eu tenho um pouco mais de regras a serem seguidas e levo todas elas à risca. Abram seus cadernos e anotem, não voltarei a falar delas e não avisarei quando precisar aplicar alguma advertência pelo que não se lembrarem de cumprir.Eu finalmente consegui sorrir, seria um semestre interessante se eu levasse em conta as caras indignadas de Jess e suas amigas à minha frente.— Não aceito trabalhos fora de data, se esquecerem, perderão a nota. Não dou provas, o conceito de forçar a memória de vocês a esse nível é repugnante, creio que se escolheram essa matéria é porque possuem capacidade para estarem aqui,— Então será ainda mais fácil passar por sua revisão durante o semestre. — O burburinho retornou cheio de risadinhas de Jess com suas segundas intenções.Olhei rapidamente da cabeleira loura para o Sr. Clark, os óculos não esconderam a desaprovação dos buchichos a minha frente, mas ele continuou:— Levantarão a mão para interromper a aula, não responderei qualquer pergunta apressada e sem sentido. Deixarei que o silêncio responda à burrice de vocês. Sem conversa em momentos inoportunos. Não repito explicações, se as perdeu chegando atrasado ou se sua bexiga for solta demais para conseguir deixá-lo mais presente no banheiro do que na sala de aula, não poderei fazer nada a respeito. — Ele não pedia nada demais, era o mínimo para ter um aproveitamento integral da aula. Mas as caretas que surgiram pela classe eram de se admirar, qual era o problema de manter a ordem dentro de uma sala de aula cheia de adultos recém formados?— Também passa trabalho extra, professor David? — Talvez eu não fosse a única incomodada com o duplo sentido nas palavras de Jess.O Sr. Clark retirou os óculos e caminhou em direção ao corredor onde sentávamos, Jess jogou os cabelos para trás um pouco antes dele chegar a sua carteira derrubando parte do meu material no chão. Agora não era apenas a inconveniência de Jess que estava me irritando profundamente.— Primeiramente, Senhorita Wilson, deveria me chamar de Sr. Clark lembrando que não temos intimidade alguma e segundo, não admito falta de modos na minha classe e sugiro que ajude a recolher o material da senhorita Taylor, já que derrubou parte dele no chão. — Jess se calou e o Sr. Clark concluiu antes de vestir os óculos novamente e voltar para a frente da sala: — Também aconselho a tomar cuidado com seus cabelos, está em uma sala de aula e não em um salão. Podemos dar início a nossa aula?Não, eu definitivamente não precisava de ajuda para recuperar as canetas que Jess derrubou no chão. No entanto, eu pagaria diversas vezes para ver essa cena se repetindo em um loop infinito, apenas para o meu prazer. Nada no mundo foi melhor do que o olhar de desgosto de Jess enquanto recuperava minhas canetas do chão.A aula seguiu seu curso com um total de zero interrupções, o que me rendeu uma grande paz interior e um caderno cheio de anotações bagunçadas e desordenadas que eu teria que passar a limpo mais tarde. Mas foi uma das melhores aulas que eu tive desde a graduação, o entendimento que Sr. Clark tinha, me fazia querer passar horas e horas ouvindo suas complexas explicações e seus argumentos sobre toda a humanidade, não importava se era de sua matéria ou não.— David! — Berrei e ele entrou na garagem do apartamento dele. — Que merda pensa que está fazendo?— Tomando o que é meu. — Ele disse quando estacionou.Eu me recusei a sair do carro, minhas emoções estavam a flor da pele quando ele abriu a porta e me puxou para fora. Fui jogada em seu ombro e carregada para aquele maldito elevador.— Me solta, maldito filha da puta! Eu vou quebrar a sua cara! — Gritei dentro do elevador, mas ele não fez nada além de receber meus tapas e socos em suas costas.Ele continuou o caminho até o apartamento e só me colocou no chão após fechar a porta e trancá-la por dentro.— Porque você não estava lá? Porque não estava comigo? — Eu chorei batendo no peito dele e David apenas começou a me empurrar devagar contra o seu sofá, eu mudei a direção e sa&i
Passei talvez algumas horas desidratando o meu corpo e relembrando cada uma das coisas que vivi por causa de Michael. Por alguma razão a dor se transformou em ódio e eu queria ter tido a chance de me descontar a minha raiva, o maldito rancor que eu estava sentindo no que eu pensava ser meu único amigo.Meu corpo doía tanto que a adrenalina do ódio me fez levantar a força, coloquei um jeans e uma camiseta larga para não arranhar minhas feridas e sai. Não vi Ben em lugar algum e eu sinceramente não me importava, havia algo que eu queria fazer e com tudo o que eu tinha passado e ele também presenciado, duvido que me deixaria sair sem que eu estivesse completamente bem.Não peguei nada além da minha carteira corri para a frente da faculdade, não senti fome, nem sede. A única coisa que eu queria fazer era estar ali e esperar e foi o que eu fiz, escorada nos muros das casas do outro
Não era o mesmo filho da puta de anos atrás, mas ele era o mesmo tipo de cara que arrancaria delas o que queria sem se importar com suas dores.— Leve-a para a sua casa. — Conclui mudando de ideia. — O hospital fará perguntas e eu mesmo quero lidar com o merdinha do seu irmão, a polícia não fará nada além de prendê-lo por alguns anos. Eu não posso arriscar, não dessa vez.Ele assentiu e puxou ela dos meus braços, meu corpo doeu e as feridas minaram mais sangue enquanto eu forçava para levantar. Puxei Michael inconsciente do chão antes que eu não tivesse mais tempo e o coloquei na mesa onde Sarah deveria estar antes que chegássemos, era a vez dele de sentir o que ela sentiu. Só que ninguém viria salvá-lo.— Dessa vez não quebre só os dedos, David, esse merdinha nunca foi meu irmão e me recuso sa
Continuei avançando cada vez mais rápido vendo nos olhos de Mike a dúvida, correr para a arma ou me enfrentar antes que eu afundasse a sua cabeça contra o chão. Ele correu para a arma deixando o corpo de Sarah descoberto e praticamente nu em cima de cobertores sujos e antigos de hospital, se algum dia pensei na possibilidade de deixá-lo viver, essa vontade havia sumido no mesmo momento em que vi minha garotinha debaixo dele sem realmente saber o que estava acontecendo.— Filho da puta! — Joguei a haste e ela errou por pouco, no entanto, tudo o que eu queria era tirar Sarah dali.— Nem mesmo morto você consegue ficar! Mas que porra! — Michael gritou segurando a arma na minha direção outra vez. — Você não cansa? Quantas vezes eu vou ter que atirar em você até que pare de se meter na porra da minha vida?— Mike... — Benjamin deixou a madeira q
Benjamin encurtou a distância que faltava para chegar nela e ameaçou apertar a lamina sobre parte do decote exposto, eu sai do banco do motorista e entrei na parte detrás do carro apertando Jess contra o corpo de Benjamin.— E se fizermos você gritar de outra forma? — Eu avancei sobre o pescoço dela, apertando meus dedos contra a pele, sentindo o sangue dela pulsar embaixo dos meus dedos.— Não me parece uma ideia ruim, embora eu curta mulheres com mais carne. Se é que me entende... — Benjamin sorriu malicioso para os olhos assustados dela.— Entendo, essa aqui também não faz o meu tipo. — Conclui fingindo puxar a alça da blusa dela. — O quadril largo de Sarah aguentava perfeitamente toda a força que eu quisesse colocar, mas não vejo problemas em desmontar essa aqui.— Se ela não aguentar, podemos jogar ela no terreno no fim da
Ergui o quadril e encaixei a mão embaixo do cóccix fazendo pressão na junção dos ossos, então forcei de uma vez. O estalo me fez ficar tonta, a dor tinha me entorpecido. Puxei devagar o aparelho e olhei a tela, mensagens de Ben e diversas ligações de David. Meu olhos lacrimejaram e eu simplesmente apertei o botão para retornar, o telefone tocou apenas uma vez antes de uma voz desesperada atender.— Sarah! — Eu chorei em vez de pedir ajuda, o som da voz de David do outro lado da linha me fez perder o ar. — Sarah! Meu amor, responda!Eu busquei fôlego para conseguir responder, mas era difícil sabendo que ele estava bem.— David... — Sussurrei cansada.— Estou indo, querida.Meu aparelho voou longe e o estalo fez meu corpo convulsionar, eu não tinha mais fôlego para gritar e minha consciência se desfez em pedaços antes de con
Último capítulo