— É sempre assim, né! Vocês ricos, acham que tudo é questão de dinheiro.
— Não foi só o dinheiro, a Jules também pagou a pena que a justiça determinou.
— Hahaha — solto uma gargalhada, quando ouço sua resposta irritada — E você acha que pintar alguns muros e distribuir marmitex é o suficiente, enquanto a minha irmã quase morreu e ficou com sequelas pelo resto da vida? Eu acho que não.
— E você acha que é só isso? — Questionou, encarando-me. O desespero e a preocupação nos seus olhos é visível. — Vocês se acham no direito de vir aqui e fazer toda essa cena, inventar um casamento e isso só porque acharam que a minha filha não sofreu também? Que ela não pagou o suficiente? Você não sabe de nada!
Ela balança a cabeça de um lado para o outro e pega o telefone discando os números freneticamente.
— Não adianta ligar para ela, ela não levou telefone. — Digo e ela joga o aparelho de lado, cobrindo o rosto com as mãos — Você não sabe onde ela pode estar? Um lugar que ela gosta de ir quand