— Desculpe. É só que eu não consigo esquecer. A culpa ainda está aqui, martelando na minha consciência.
— Ninguém consegue esquecer, mas todos aprendemos a lidar com isso. Você não precisa esquecer, só precisa viver, viver comigo — sorri e me beija com carinho.
Quinze minutos depois, fomos avisados que o avião acabou de pousar.
— Brasil, cheguei! — A Sara fala, assim que coloca a cabeça para fora do avião. Ela olha na nossa direção e balança a mão dando um tchauzinho.
Vê-la de pé me causa um sentimento indescritível. Ela sorri quando o Edu a abraça por trás e, depois de darem um beijo, a ajuda a descer as escadas. O Samuel vai até ela e a abraça, erguendo-a do chão.
— Eu estava com tanta saudade, irmão — ela diz, sua voz embargada mostra o quanto está emocionada.
— Eu também senti a sua, senti bastante. Então, já está treinada a andar com essas coisas? — o Samuel perguntou, ajudando-a a pegar as muletas que caíram.
— Claro que sim, você sabe que eu sempre aprendo rápido. E aí cu