Quando o almoço terminou, todos se dispersaram pelo jardim. Maia e Ethan foram caminhar pela horta que havia no fundo da propriedade, animados em ver as novas mudas de ervas. Israel se ofereceu para lavar a louça, mas só porque queria, segundo ele, “garantir a sobremesa da próxima refeição”.
Henrique, por sua vez, ficou sentado na espreguiçadeira, aproveitando o sol. Havia uma expressão satisfeita em seu rosto, parecia ter saboreado não apenas a feijoada, mas o triunfo de ter arrancado uma risada genuína de Isadora.
Ela recolheu os pratos vazios da mesa, observando-o pelo canto dos olhos. O modo como ele estava confortável demais para alguém que deveria se comportar como convidado a deixava intrigada.
“Autoconfiança em excesso devia ser crime, ainda mais para um lixo como esse sujeito”, pensou.
Quando o jardim ficou vazio, ela pousou o último prato sobre a bandeja e endireitou-se.
— Muito bem, senhor Henrique. — começou, cruzando os braços. — Já que estamos sozinhos, chegou a ho