28. A FÚRIA DO ALFA
KAELA:
Minhas garras se cravaram nas costas dele, rasgando sua pele em uma tentativa desesperada de me agarrar ao pouco que restava do meu autocontrole, aquele frágil vestígio de humanidade que lutava para não ceder ao caos desenfreado que ele despertava em mim. Mas Kaesar não permitiria. Ele se certificava de quebrar cada uma das minhas defesas com precisão impiedosa, redesenhando os limites da minha resistência toda vez que sua boca percorria minha pele, deixando rastros de calor abrasador que se misturavam ao leve cheiro metálico de suor e de nossas feridas.
Seus toques eram deliberados, calculados, projetados para me levar ao limite e consumir completamente o que restava da minha força de vontade. Meus suspiros tornavam-se cada vez mais descontrolados, cheios de raiva e desejo. Seus rosnados graves ecoavam em meu interior como um chamado primitivo. Meu corpo, esse traidor que não atendia à razão, respondia instintivamente a essas vibrações, tremendo incontrolavelmente sob o to