148. A DECISÃO DA UNIÃO
KAESAR:
Eu observava todos os integrantes do que outrora havia sido as manadas “Guardiões Reais” e “Pontos Reais”. Sua maneira de se sentar me dizia tudo: cada grupo ocupava um lado, separados por uma linha invisível que ninguém ousava cruzar. Mas agora éramos uma só manada: os “Guardiões e Pontos Reais”.
Como unir sinceramente? Essa pergunta se cravava na minha mente como espinhos negros. Eles lutaram ombro a ombro, derramaram suor e sangue juntos e sofreram da mesma maneira. Agora compartilhávamos um território e até mesmo um nome, mas a divisão ainda existia. Era tangível em cada olhar, em cada conversa sussurrada. Os meus recorria a mim e os de Kaela buscavam nela a orientação que os outros lhes negavam.
Suspirei profundamente, permitindo que meu olhar percorresse cada rosto à minha frente. Os antigos se mantinham rígidos e orgulhosos, como se sua liderança fosse incuestionável. Os mais jovens mostravam ansiedade em seus gestos, mas também uma chispa de inconformidade que não