4.

- POV LAYLA

— que foi?— Luiza me indaga, enquanto passa os braços ao redor do irmão da kat, e eu estou na minha quinta dose de tequila.

— é... licencinha rapidinho, preciso dar uma palavrinha com minha irmã.

Ele me encara confuso, e a Lu sorri, pego no seu braço e a levo até um cantinho mais reservado.

— Maria Luiza Collins! O que a senhorita acha que está fazendo? Mal conheceu o garoto, e já está pendurada no pescoço dele?

— você me conhece mesmo, mas eu e ele somos livres e desimpedidos, então eu vivo lá vida louca!— fala colocando as mãos na cintura e reviro os olhos.

Ela se faz de durona, mas no primeiro pé na bunda ela chora e sobra para mim ter que inventar sabores novos de brigadeiros para agradá-la.

Com a morte da mamãe eu meio que me responsabilizei por algumas coisas e a Luiza faz parte disso, não que meu pai não ajude na sua criação, longe disso, ele é maravilhoso, mas algumas coisas ela sempre conversa comigo, a primeira vez que menstruou foi para mim que ela contou e estava assustada, depois veio o primeiro beijo seguido da decepção amorosa e por aí vai.

Por isso sou bem reservada, não me permito entrar na vida de alguém, para sair magoada logo em seguida.

— está bem, só não quero que você se magoe.

— eu sei que você se preocupa comigo, e agradeço mas já sofri demais por garotos e não é um gostosão do interior que vai me fazer arriar os pneus, quem vai ficar cadelinha meu é ele, espere e verás.— afirma e respiro fundo.

— você quando enfia uma coisa nessa cabeça aí, ninguém tira, ok você sabe o que faz, mas acabou de dizer que os dois são livres e já está planejando o bote.

— Layla, chega disso, vamos aproveitar a festinha da kik-kat ou melhor do irmão gostoso dela, e esse povo sabe dar um festa em... mas ainda não vi o outro irmão.

— outro irmão?— questiono, por que achei que era só esse.

— é, o dono disso tudo, tem gente, mas especificamente mulheres, esperando ele dar o ar da sua graça, dizem que o homem é um pecado... mas já estou pecando com esse ali, não posso me sujar mais.— explica e mostro um sorriso.

Ela pega na minha mão e vai ao encontro de Thomas novamente, ele me cumprimenta e ambos vão dançar.

Observo os dois, e sorrio ao perceber vejo que minha irmã está usando as armas que tem para seduzir o irmão da kat, e ele não tira os olhos dos dela, parece realmente encantado, ou, está fingindo bem demais.

Se fosse eu, a estar ali dançando eu teria certeza que está fingindo, mas é a Luiza ali, e ela é linda, autoconfiante, sedutora, algumas coisas que ainda não sou, e é por isso que quero acreditar que não é fingimento.

Falando na Kat, a mesma vem até mim me chama para dançar e aceito.

— e aí? espero que esteja curtindo a festa.— pergunta se movendo ao som de alguma batida de música country.

— estou sim, vocês sabem dar uma festa aqui.— afirmo e ela sorri agradecida.

— obrigada!— diz, dando uma piscadela para mim.

— vem, vamos tomar uma bebida.— chama, e me puxa para o barzinho novamente.

Pedimos duas doses de tequila, tomamos e as nossas expressões faciais eram idênticas, sinto o gosto amargo na boca, mas pedimos outras duas, e de novo, e de novo, e acabei perdendo as contas.

Eu tenho um sério problema com álcool, gosto muito dele.

— Kat, não me deixa sozinha, pelo amor das puritanas.

— nunca, amiga.— ela me abraça e somos interrompidas por um cara loiro de olhos azuis muito bonito por sinal, puxando a kat para dançar, olho para ela implorando para que a mesma não vá, mas a filha da puta foi.

Desgraçada!

Me sento no banquinho do bar, e peço um copo d'água, tomo e sinto minha bexiga doer.

Merda!

Como vou achar um banheiro aqui?

Olho em volta e procuro pela minha irmã, mas não a encontro.

Porra!

porra!

Decidi me arriscar e adentro na casa da kat, lá obviamente tem banheiro, passo pela sala, em seguida, pela cozinha, paro em duas portas, uma do lado da outra.

— ok, é só escolher uma, abrir e torcer para ser o banheiro.

Respiro fundo, e abro a porta.

Ok, espero encontrar água sanitário no banheiro para jogar em meus olhos e desver o que vi antes de fechar as portas.

Maya estava de pé completamente nua, com um homem apenas de calça jeans, ele a empurrou contra a parede, pressionando o joelho no meio das suas pernas, antes de beijar o seu pescoço, quando os dois fizeram menção de olhar para o lado, fechei a porta na velocidade da luz.

Apago imediatamente aquilo da minha mente, e realmente espero que eles não tenham me visto, viro para a outra porta, abro e respiro aliviado ao constatar que é o banheiro, não sei se conseguiria ver outras pessoas trepando novamente.

Droga! Porque não abri essa antes?

Esvazio minha bexiga lavo as mãos e saio, e ainda bem que não topei com ninguém, voltei para a festa e encontro minha doce e bandida irmã.

Puxei ela pelo braço que me encarou confusa.

— eu vou embora e você vai ficar aqui?

— sim, eu vou, me dá cobertura tá?

— não! Eu não vou me encrencar com o papai por sua causa.

— Layla... por favor!

Pede umas cinco vezes até eu dizer que sim, me abraça, e volta para os braços do Thomas e Kat finalmente aparece.

— ei ruiva! Já deu para mim, tô vazando.

— ah não amiga, me desculpa por te deixar sozinha, mas é que o Rick tem os seus atributos e me interessam muito.

— você me deixou sozinha Katherine.

Ela me encara com uma expressão divertida no rosto.

— por favor, não vai ainda, eu nem te apresentei meu irmão mais velho, eu não sei onde ele se meteu, acho que vocês vão se dar muito bem, ele é reclamão igual a você.

— outro dia você nos apresenta, agora eu realmente preciso ir embora.

— tá bem, eu vou cobrar, nos vemos amanhã?

— lógico!— aviso e ela me abraça me despeço da mesma, pego o carro e vou para casa, tentando esquecer a cena que presenciei.

Céus! Tenho que esquecer isso.

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