falou comigo
O quarto estava mergulhado em silêncio. A tarde já havia chegado, dando lugar à penumbra úmida. Elena despertou com um leve arrepio na pele. Estava sozinha. O lençol amassado ainda conservava o calor do corpo de Rocco, mas ele havia sumido como sempre fazia… como fumaça.Ela se sentou devagar na beirada da cama, nua, os cabelos desgrenhados, a pele ainda com o brilho febril. Passou as mãos pela barriga redonda e, por instinto, a acariciou. Sentiu um calor inexplicável. Como se... algo estivesse vivo ali além da vida.Foi quando ouviu.Na cabeça. Uma voz. Não dela.“ Mamãe…”Elena congelou.“ O que...?”A voz era suave. E logo outra surgiu, mais firme, ainda infantil, mas com uma estranha sabedoria.“ Papai saiu para ca&ccedi