Beth estava organizando os livros na biblioteca quando Susy entrou. Não era a mesma moça barulhenta e cheia de raiva que costumava causar escândalos. Ela estava… estranhamente calma.
Os olhos fixos, a pele mais pálida, mas com um brilho estranho nas bochechas. E andava com mais firmeza. Quase como se soubesse onde cada passo dela deveria cair.
Beth se aproximou com cuidado, sem alarde.
“Você está bem, Susy?foi ao médico?, perguntou a mulher preocupada.”
Ela ergueu os olhos, e Beth sentiu o baque. Eram olhos iguais aos dela, sim, mas havia ali uma… intensidade diferente.
Um instinto.
“Estou.” respondeu com um meio sorriso. “Mais do que nunca. E não é da sua conta minha saúde” ríspida.
Beth encostou o pano de pó na mesa e observou a garota por alguns segundos em silêncio. Então, comentou:
“Seu cheiro mudou.”
Susy franziu a testa, surpresa.
“Como assim?você por acaso é algum tipo de bicho para farejar ou sentir cheiro”
“É, algo que só quem convive com a escuridão nota…” Beth disse, com