Aliados
Peter permaneceu parado por alguns segundos, observando a porta por onde Sabine havia saído. Um sorriso lento se formou em seus lábios, aquele tipo de sorriso que só aparecia quando algo o instigava de verdade.
Pegou a garrafa de uísque sobre o aparador, serviu-se de uma dose generosa e deixou o líquido âmbar deslizar pela garganta. O sabor forte queimou, mas o prazer que veio logo depois era quase tão intenso quanto o que acabara de presenciar.
“ Então ela quer jogar... “ Murmurou, olhando o reflexo no copo. “Pois que os jogos comecem.”
Peter se recostou na cadeira, relaxando o corpo, o olhar perdido no vazio. Já conhecia mulheres perigosas, mas nenhuma como Sabine.
Ela sabia provocar, sabia testar limites. E ele pretendia usar cada uma das armas dela contra ela mesma. No final, Ele aprenderia ou mataria o que seria uma pena. Por fim, acabaria como todas as criaturas daquele tipo: enjaulada.
Mas havia algo diferente nela, algo que o deixava inquieto.
“ Maldita... “ Resmungo