Perséfone
— Seu pai está te esperando — Cosmo diz encostado no batente do meu quarto, puxo-o para dentro e ataco seus lábios macios deliciando-me no resíduo de café.
— Perséfone — murmura contra meus lábios e me afasta rapidamente — Não vamos fazer isso dentro da sua casa. Ninguém está aqui, mas esse é um limite muito rígido para mim, já quebrei a lealdade do seu pai e não vou transar debaixo do teto dele.
— Quem estava falando de transar? — pergunto inocentemente.
— Muito espertinha — ele sorri e acaricia meu rosto — Vamos, hoje você irá acompanhar os trâmites de uma negociação de armas — meu coração bate forte em um misto de sensações, estava apavorada e ansiosa ao mesmo tempo.
As responsabilidades aumentavam cada vez mais e muitas vezes, principalmente de noite e na escuridão do quarto, perguntava a mim mesma se poderia ser o suficiente para comandar uma cidade tão grande, se algum dia chegaria ao patamar do meu pai.
Coloco um sobretudo por cima da roupa e amarro meus cabelos em um