Eu ainda não sei como isso aconteceu. Sério. Um dia eu estava atolada de trabalho, limpando nariz escorrendo de criança gripada… e agora? Agora estava de mochila nas costas, mala de rodinhas em punho e passaporte na mão, prestes a embarcar para o Caribe.
Sim. O. Caribe.
Tinha até vontade de rir quando repetia isso na minha cabeça. Mas o mais surreal mesmo era o fato de estar acompanhada das duas criaturas mais animadas e escandalosas que já pisaram nesse planeta: Rafaela e Beatriz.
— Meninas, vocês têm certeza que a gente não esqueceu nada? — perguntei pela décima vez, olhando ao redor como uma mãe desesperada que perdeu o filho no shopping.
— Ana, pelo amor de Deus! — Beatriz resmungou, revirando os olhos. — Eu conferi as passagens, o hotel, o transfer e até se as calcinhas estavam combinando com os sutiãs. TÁ TUDO CERTO!
— E eu revisei os documentos três vezes, além de já ter avisado até o porteiro do meu prédio que a gente ia viajar — completou Rafa, com aquele tom exagerado que só