No dia seguinte, na hora do almoço, Rafaela apareceu pontualmente e me arrastou para fora da minha sala, sem me dar tempo nem de protestar. Enquanto caminhávamos pelo corredor, seu irmão passou por nós e lançou um olhar em sua direção — aquele típico olhar de “não faz merda”.
— Viu a cara do meu irmão? — Rafa perguntou, divertida.
— Claro que vi. Ele sempre fica preocupado quando você anda comigo — respondi, rindo.
— Sim! Ele vivia dizendo pra eu não tentar te envenenar e te levar pro “caminho do mal”.
Nós duas caímos na gargalhada. Era impossível estar com a Rafa e não rir. Ela tinha esse dom de transformar qualquer momento em algo leve e divertido.
Chegamos a um restaurante elegante — um daqueles caros que eu jamais entraria por conta própria. Claro que foi escolha dela. Fizemos nossos pedidos e logo engatamos uma conversa animada sobre tudo e nada ao mesmo tempo.
De repente, no meio de uma frase, Rafa pegou o celular, olhou a tela e soltou um gritinho agudo, chamando a atenção de m