Enzo Albuquerque
Estava em casa, como sempre fazia quando chegava da empresa, quando minha irmã entrou e me chamou para jantar.
— Estou falando sério, Rafa, vou modificar as trancas da minha casa.
— E eu também falo sério quando digo que vou descobrir como destrancar as portas e entrar do mesmo jeito. Você nunca vai se livrar de mim, irmãozinho. Agora levanta daí e me leve para jantar.
— Vem cá, por que você não arruma um namorado pra fazer de pau-mandado? — perguntei ainda deitado.
— Porque eu prefiro mandar no meu irmão mais velho. Cala a boca e anda logo! Quero filé de peixe com aspargos. Há um restaurante maravilhoso.
— Tá… tá. Sua chata! Espera apenas eu trocar de roupa.
Minha irmã bateu palmas animada e me levantei, tomando um banho rápido e trocando de roupa. Minha irmã às vezes não se comporta como uma mulher de 27 anos e, às vezes, tenho vontade de exportá-la para o Polo Norte, mas é ela quem me traz a leveza que preciso, e isso é bom de certa forma.
Chegamos ao restaurante e