Capítulo 130

Heloíse Albuquerque

Saí da sala de Ana Luiza com os punhos cerrados, o maxilar travado e o coração palpitando em um ritmo furioso. Aquela garota era uma ameaça, uma praga que se espalhou pela minha família sorrateiramente, se agarrando ao meu filho como uma erva daninha faminta por tudo que é meu.

Ela teve a audácia de me enfrentar. Na minha frente. No meu território.

E o pior de tudo: com a arrogância de quem pensa estar vencendo.

Subi os corredores da empresa como se fossem corredores de um tribunal, e eu estivesse indo prestar o meu último depoimento antes da sentença. Mas a ré não era eu. Era aquela mulher. E o juiz era meu filho. E eu precisava abrir os olhos dele antes que fosse tarde demais.

Bati na porta da sala de Enzo sem esperar resposta. Entrei com a força de um furacão.

— Enzo, precisamos conversar agora.

Ele me olhou de trás da mesa com uma expressão cansada, os olhos semicerrados, e deixou a caneta cair sobre o bloco de anotações. Respirou fundo, como quem se preparava
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