Eu estava em um sono não tão profundo, quando fui acordada com algumas batidas na porta. Confesso que, eu estava tão entregue àquele momento de paz, que hesitei asir da cama.
Mas então, a segunda sequência de batidas veio um pouco mais forte, acompanhada de uma voz doce e impaciente.
— Mamãe? Acorda! – Disse Charlie, me fazendo soltar um riso.
—Eu já estou indo! – Respondi me sentando na cama.
Virei o rosto e encontrei David ainda adormecido ao meu lado.
O cabelo dele caía sobre a testa e sua feição parecia estar em paz. – Algo que eu não via nele há um tempo.
Me levantei da cama com vagareza, indo até a porta, mas antes que eu a abrisse, a pequena bateu mais uma vez.
— Mamãe, posso entrar?
A voz da minha filha era uma mistura de doçura e impaciência. Sorri, suspirei e destravei a porta, olhando-a com carinho.
—Bom dia mocinha! Para que tanto desespero?
Charlie estava com os cabelos bagunçados, o pijama amarrotado e em uma de suas mãos, ela segurava firme a orelha de um coelho de pelú