Thomas me conduziu entre as mesas até um grupo de homens perto do palco.
Todos estavam de terno impecável, charutos nas mãos, rindo alto. Assim que chegamos, Thomas abriu espaço.
— Senhores, esta é Ellie Carter, responsável pelo projeto da filial da Reynes.
Um dos homens, grisalho e de terno grafite, estendeu a mão.
— Parabéns, senhorita Carter. Seu trabalho foi impecável. A gestão vai ficar muito mais enxuta agora.
Outro, mais jovem, sorriu largo.
— Estamos discutindo aqui e todos entramos em um acordo. Quando abrirmos a nossa filial, vamos querer o seu escritório no comando.
Eu respirei fundo e apertei as mãos que se estendiam, mantendo o sorriso profissional.
— Fico feliz que tenham gostado. Foi um desafio, mas gratificante.
Enquanto falava, senti de novo aquele arrepio na nuca.
Olhei de lado. David se aproximava do grupo com uma taça na mão, o sorriso sensual de sempre, mas os olhos cravados em mim.
— Senhores — disse ele num tom leve, quase brincalhão — esta joia já é minha. Não