Mikaela sempre sonhou alto, morar no pequeno vilarejo de Vale verde nunca lhe fez feliz; seu sonho é ser uma grande estilista e conhecer o mundo. Mas nem tudo na pequena cidade é ruim, ela tem o seu grande amor ao seu lado. Bruno é o homem a quem Mikaela entregou seu coração, seu corpo e seus sonhos. No dia do casamento, Mikaela tomou a decisão mais errada da sua vida, acreditou em uma promessa e pagou um preço muito alto por isso... Bruno nunca esqueceu a humilhação de ser abandonado no altar, foi a pior humilhação da sua vida. Ver todos olhando com pena e até mesmo rindo dele pelas costas, são memórias que ele nunca vai esquecer. Hoje anos depois, ele refez sua vida, e tem uma linda família, mas seu desejo de vingança contra a mulher que lhe jurou amor eterno enquanto planejava fugir com um homem rico é maior que qualquer coisa... Será que o tempo pode mesmo curar tudo? O amor pode superar o sofrimento do passado?
Leer másOlá, leitores! Estamos começando mais uma história. Espero que gostem e tenham uma experiência positiva ao embarcarem junto comigo neste novo mundo. Peço que deixem comentários, gosto de saber a opinião de vocês e isso ajuda muito na divulgação do livro. Desde já agradeço o carinho e apoio de todos. ❤️ Bem-vindos!
♡ BRUNO –Quinze anos antes– —Eu vou te fazer a mulher mais feliz do mundo, Mika — Falei, olhando em seus olhos. — Eu tenho certeza disso, você é o homem mais incrível que eu conheço, sabia? — Ela me beijou de leve nos lábios. — Mika, você vai ver, nós seremos o casal mais apaixonado e feliz dessa cidade inteira — a abracei, feliz. —Você prometeu que nós iremos embora daqui depois do casamento, Bruno, você desistiu? — Virou-se para mim, indignada. —Você sabe que não é tão fácil assim, Mika, nós não temos grana para isso, ao menos, por enquanto não — a beijo com paixão, tentando passar, neste gesto, o quanto estou disposto a lutar para realizar seus sonhos. — Eu prometo que vou fazer o possível para realizar todos os seus desejos, ok? — falei, recuperando o fôlego. —Eu sei disso, por isso eu amo tanto você, meu amor —dessa vez é ela quem beija... –Dias atuais– Essa m*****a cena ficou se repetindo na minha memória esses anos todos, hoje está mais presente do que nunca, cada palavra daquela m*****a, cada carícia, tudo no que ela me fez acreditar e depois me deixou completamente humilhado. — Senhor Bruno, o coquetel de homenagem será as dezenove horas — minha secretária avisou, quando cheguei ao escritório. —Ok! obrigado, Virgínia. —Entrei na sala e liguei a tv. Hoje será transmitida a entrevista que fizeram comigo. Hoje também vou ser homenageado, até receberei a chave da cidade como agradecimento pelo meu investimento na melhoria da qualidade de vida da população. Como a vida é imprevisível, quinze anos se passaram desde a maior humilhação da minha vida, e hoje estou aqui, me preparando para minha glória. Eu fiz questão de fazer o evento no mesmo lugar que fui abandonado, a minha escolha foi para tirar de vez a lembrança ruim daquele ginásio, aliás, hoje não é mais um ginásio, é um hotel cinco estrelas. Quinze anos depois, eu sou um homem rico e poderoso, completamente diferente do homem bom que eu era, hoje eu não sou mais um idiota bonzinho, eu mudei, o ódio me fez o que eu sou hoje, um homem frio e vingativo. —Aqui, senhor, está tudo anotado toda a programação do evento. — Virgínia me entrega o relatório. —Obrigado. — Procuro os nomes do Marcos e a Marisa. —Você enviou os convites que pedi? —Sim, senhor, mas a senhora Marisa disse que não poderá comparecer. —Ela explicou o motivo? —Eu até faço a pergunta, mas eu já sei o motivo. —Ela disse que o senhor Marcos está muito debilitado ultimamente, então não é bom sair agora. —Tudo bem, obrigado, Virgínia. Depois que ela saiu, eu fiquei pensando por alguns minutos, tenho certeza que o motivo de eles não irem não é só a doença do Marcos, eles não querem passar pelos olhares julgadores das pessoas daqui. A verdade é que eles também foram muito afetados com o que aconteceu quinze anos atrás. O Marcos e a Marisa são os pais daquela m*****a mulher, eu ainda falo sempre com eles e também ajudo financeiramente. Desde que o Marcos ficou doente ele não conseguiu mais trabalhar e com isso o sítio está dando muitos gastos e nada de lucro. —Oi meu amor, você está pronto? — Nora entra na minha sala, ela está linda. A Nora é a minha esposa, nós vamos completar dez anos de casados. Quinze anos atrás ela me deu a maior força, se não fosse ela eu teria me acabado na bebida, parado meus estudos e fracassado na vida. Quando eu mais precisei ela e a minha mãe estavam lá para me apoiar e me puxar do buraco onde aquela mulher me enfiou. Ela é uma morena linda, de um metro e sessenta e cinco de altura, ela é muito meiga e esforçada; trocou de curso na faculdade só para apoiar meu trabalho, ela fazia advocacia e trancou o curso para fazer veterinária. Posso dizer que ela escolheu a profissão certa porque hoje ela é a melhor na área, tem um currículo excelente. Três anos depois que tudo aconteceu nós acabamos nos envolvendo, no início era só sexo casual, mas ela ficou grávida e eu decidi me casar, minha mãe foi a que mais apoiou minha decisão, ela adora a Nora, nossa filha Amanda tem dez anos, é o xodó da família. —É claro que eu estou pronto. — falei, a abraçando pela cintura. —Eu estou muito orgulhosa de você, é um homem incrível e merece tudo que está acontecendo hoje. —Ela acaricia meu rosto e seus olhos brilham enquanto me elogia. — E eu estou e sou muito orgulhoso de ter você ao meu lado. Nora, você é parte de tudo isso, você me deu apoio incondicional e eu nunca vou me esquecer disso. —Você sabe que pode contar sempre comigo, sempre! — Ela sorri e eu a beijo. Eu amo a Nora, amo de verdade, mesmo que ela não acredite, ou melhor mesmo que ela não confie que todo o sentimento dela por mim é recíproco, eu garanto que é. Não é aquela paixão louca que eu sentia pela outra, esse é um amor maduro. Quando eu cheguei à porta do hotel, confesso que fiquei um pouco ansioso, desde que eu fui humilhado na frente dessas pessoas, eu não fiz mais nenhum evento público aqui, eu até participei de alguns, mas em nenhum eu era o convidado principal, o centro das atenções.BRUNO Eu não consegui pregar os olhos, fiquei a noite inteira pensando na Mikaela. Por mais que eu tenha sofrido no passado, e eu sofri muito; jurei esquecer o motivo do meu sofrimento e me esforcei ao máximo para entregar meu coração a Nora, eu cheguei a afirmar que tinha superado, mas a verdade é que eu ainda amo aquela mulher. Fico apavorado só de pensar que ela pode desistir de tudo e perder a batalha para a doença; ela não pode fazer isso, ela não pode! Eu estou com a minha cabeça explodindo, a ponto de enlouquecer com tudo isso. Entro no quarto e olho a Nora dormindo ali, mas não é ela que eu quero agora, não é nela que eu estou pensando; quando fecho os olhos só me vem a Mikaela na mente, ela me olhando com aqueles olhos cheios de dor por tudo que ouviu da minha mãe e de mim; depois lembro das palavras da Marisa, ela falando das vezes que a Mikaela chegou chorando em casa por ter sido humilhada pela minha mãe. Não consegui, tive que sair do quarto, fui terminar minha noite
— Não seja hipócrita, Bruno, você só quer continuar com as humilhações contra mim. Eu estou cansada, eu não quero mais ficar aqui e assistir sua vida feliz com a Nora enquanto eu sou pisada e humilhada repetidamente por vocês. Eu já esgotei minha cota de humilhações nessa vida. — falei, cansada. Tentei tirar sua mão do meu rosto, mas ele segurou meu braço com a outra mão. Quando abri minha boca para reclamar, ele aproximou-se e me beijou. Eu queria resistir, parar suas ações, negar o beijo, mas eu correspondi imediatamente; retribuí o beijo com a mesma intensidade que ele. Senti sua mão deslizando no meu pescoço e depois segurando firme minha nuca, seu beijo ficou mais ansioso e exigente. Sua língua explora minha boca com uma necessidade que me deixa maluca. Ele soltou minha mão quando percebeu que já venceu minha resistência e envolveu minha cintura com o braço.— Eu não vou deixar você ir embora, Mika... eu não posso perder você outra vez — fala entre os beijos, com a voz rouca c
— Me solta! — tento me libertar dos seus braços, mas ele me apertou mais forte contra seu corpo. — O que você quer agora, Bruno, vai me manter em cárcere privado? Ele suspirou profundamente quando ouviu minha pergunta, feita em tom de sarcasmo. Enterrou o rosto no meu pescoço, respirando pesado. — Mikaela, eu não quero prender você, eu só quero que você aceite minha ajuda, é só isso. — sua voz soou rouca e muito baixa — eu sei que o que aconteceu na loja te magoou muito, eu sinto muito por aquilo, sinto de verdade. Não queria chorar na frente dele, queria mostrar que sou forte, mas eu estou tão cansada de fingir ser uma fortaleza que nunca existiu que quando dei por mim já estava chorando. — Mika, por favor, aceite minha ajuda, se você quer voltar para Nova Iorque, tudo bem, eu levo você, e falo com o Doutor Douglas para transferir seu tratamento para lá, mas não rejeita minha ajuda, não deixe o tratamento, por favor, eu não quero perder você. — Sua voz soou até meio tremida. Eu
MIKAELA Eu não sei como conseguir sair daquele lugar sem mostrar meu estado completamente destruído. Todas as vezes em que aquela maldita velha me humilhou acabou comigo voltou com tudo, minhas memórias fizeram uma retrospectiva e a dor que senti foi lascerante. Quando minha família mudou-se para o sítio,a família do Bruno já morava lá, desde então nós sempre brincamos juntos, e com a idade, nossos sentimentos mudaram e acabamos nos apaixonando. A primeira vez que eu dormi com o Bruno, foi incrível, foi como se eu estivesse vivendo um sonho. Mas a mãe dele descobriu e o sonho acabou virando um pesadelo; a mulher acabou comigo, me ofendeu e exigiu que eu me afastasse do filho dela; eu estava apaixonada e não me afastei, ela, para se vingar fez de tudo para sujar minha imagem na cidade. Um dos motivos para as pessoas de Vale Verde não gostarem de mim, é por culpa das fofocas da Valéria, aquela mulher sempre estava inventando alguma mentira, garanto que as fofocas de que eu traí o Bru
— Marisa, eu não...— Eu sei que não tenho o direito de pedir isso, Bruno. Eu sei que você e sua família têm motivos para não gostar da minha filha, mas, por favor, minha filha não é nenhuma criminosa terrível para sofrer tanta perseguição. Ela não matou ninguém, só desistiu de casar. Você refez a sua vida e é feliz com sua família, fale com sua mãe para deixar minha filha em paz. Ela pede quase suplicando e isso me deixa muito incomodado, tanto que tenho a sensação de receber um soco no estômago. Eu já conversei com a Mikaela, sei tudo que ela passou e, mesmo assim, a tratei muito mal. A Marisa me contou sobre as mudanças que notou na filha. A Mikaela a ajuda na limpeza do sitio, coisa que antes ela odiava; ela também come qualquer tipo de comida, antes ela era muito seletiva; Marisa deveria gostar dessas mudanças, mas eu vi nos seus olhos que isso a incomoda muito. — Mas, se a Mika mudou para melhor, por que você não está feliz? — Porque eu sei que o que causou essas mudanças
Eu cheguei à entrada do sítio e, mais uma vez, olhei o telefone, nada da Mikaela vizualizar a mensagem. Soquei com força o volante do carro, acabei buzinando sem querer, minha raiva pela Mikaela só aumenta, ela não pode me ignorar assim. Mas ela vai me ouvir, ah, se vai! Eu já estava pronto para ligar no número da Mikaela, quando a lâmpada da varanda do sítio acendeu. — Bruno? — Marisa olhou na direção do meu carro com um misto de surpresa e desconfiança. — Desculpe aparecer aqui a essa hora, mas é que eu preciso falar com a Mikaela. Ela está? — falei o mais normal que consegui. Estacionei o carro próximo à porta e segui a Marisa até a varanda. A primeira coisa que fiz foi verificar, disfarçadamente, o interior da casa à procura da Mikaela. Mas, pela visão limitada que a porta me oferecia, não vi nenhum sinal da pessoa que resolveu testar todos os meus limites. Eu não acredito que ela já está dormindo, ainda é cedo. — A Mikaela não está em casa? — perguntei diretamente.— Não. El
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