O celular vibrou em cima da cama, me arrancando do raro momento de paz de um domingo.
Olhei pra tela e suspirei.
Nayeon.
Claro que era ela.
— Alô? — atendi com a voz de quem ainda negociava com o travesseiro.
— Anne! Já está pronta? — a voz dela era animada demais pra alguém viva num domingo de manhã.
— Pronta pra quê, exatamente?
— Pro almoço, ué! — respondeu como se fosse óbvio. — O Kang Joon está indo te buscar.
Demorei uns segundos pra processar.
— Espera… o Kang Jeon? Aquele Kang Jeon?
— Exatamente. Esteja pronta em meia hora.
— Nayeon, eu posso ir sozinha, sério. Eu conheço o caminho.
— Nem pensar. Ele insistiu em te buscar. — E desligou antes que eu pudesse argumentar.
Fiquei olhando pro celular, incrédula.
— Claro. Porque é completamente normal um dos maiores acionistas da empresa virar motorista de funcionária num domingo.
Gipsy, esparramado no sofá, levantou a cabeça e me encarou com aquele olhar julgador de sempre.
— Eu sei o que você tá pens