Finalmente, chego a Rosegate.
A viagem durou pouco mais de duas horas, mas a sensação ao pisar ali é indescritível. Meses aqui e é a primeira vez que sinto que cruzei um portal para outro mundo. A noite parece ser diferente aqui, mais silenciosa, fria e pesada, mas mesmo assim é impossível ignorar a beleza do lugar. A estrada de pedra, passa bem no meio de enormes árvores secas. E algumas flores brotam entre as rachaduras das paredes da propriedade, crescendo como se fossem as donas do lugar, rosas silvestres, lírios e heras. Até a natureza quer esse lugar para ela.
Me aproximo do homem parado na entrada principal. Um senhor de idade, que olha para o céu, ainda que já tivesse me visto indo em sua direção. Seus olhos são azuis, escuros pela sombra que faz sua enorme sobrancelha em seus olhos. Joseph Rosegate, o conde de Rosegate, deve ter quase uns 90 anos julgando pela aparência, a pele toda enrugada, mas apesar disso, ele é muito elegante. Usa um casaco de camurça cinza, abotoado até