Olho para o palácio, em choque. Claro que sempre tive consciência de que um palácio é algo grandioso, mas este lugar... parece uma pintura viva. Imenso, dourado, com torres que cortam o céu e janelas com figuras incríveis. É tudo tão vivo.
Assim que chegamos, meu pai é o primeiro a descer da carruagem. Ele está elegante em seu traje de gala e com uma expressão séria em seu rosto. O senhor Montrose então se dirige ao homem que está parado na base da escadaria com uma lista nas mãos. Me imagino que seja o mestre de cerimônias, responsável por anunciar cada convidado que adentra o salão. Sua postura é perfeita, reta como uma bengala.
Enquanto meu pai conversa com ele, meu acompanhante, Visconde Antony, me oferece o braço, me ajudando a descer também. Meu pai havia me contado que Antony é um primo de segundo grau meu, e que, apesar de ser apenas um visconde, sua presença é respeitável o suficiente para poder me escoltar até o baile.
O Observo discretamente. Visconde Antony de Vallecurt.