~Lyra~
Pisquei tão forte que quase arranquei a lente de contato, e por um segundo juro que esqueci como se respirava.
Porque não. Não.
Não havia a menor chance.
O universo não teria a ousadia, a audácia desgraçada, de me jogar esse traste no caminho de novo. Não depois de tudo que aconteceu. Não depois daquela festa. Não depois do Damon literalmente ameaçar desmembrar qualquer um que olhasse demais pra mim.
Que merda era essa?
Esse garoto, esse alerta vermelho ambulante de sexo, perigo e sorrisos cínicos, estava parado bem na minha frente usando o mesmo maldito uniforme que eu. Como se fosse alguma piada cósmica.
Como se o universo achasse engraçado deixar ele cair na minha escola feito uma granada escondida dentro de um estojo. E pior? Ele tava sorrindo.
O mesmo sorriso. Aquele maldito sorriso que ele me deu naquela noite, logo antes de se inclinar e me cheirar como se eu fosse um prato quente de arroz temperado. Que tipo de psicopata faz isso? Em uma festa?
E agora?
Agora ele tinha