~Lyra~
Fiquei ali, largada na cama, meio jogada como uma garota que acabou de ser atingida por um furacão orgástico categoria cinco. Minhas pernas ainda tremiam toda vez que eu tentava puxar o ar direito e ele só ficou ali, parado, me observando.
Sem ajudar.
Sem falar nada.
Só olhando, como se eu fosse a melhor coisa que ele já tinha destruído.
Como se tivesse orgulho da bagunça que fez.
Como se não tivesse acabado de me fazer esquecer meu aniversário, meu endereço e, talvez, até meu próprio nome.
A boca dele ainda brilhava com o gosto de mim... os lábios inchados e molhados de tanto sugar, lamber e pecar entre as minhas pernas. E os olhos dele? Pela Deusa... os olhos dele brilhavam como se soubessem exatamente o quanto eu já era dele. Como se não precisasse dizer nada, porque nós dois sabíamos: eu já pertencia a ele.
E o que piorava tudo — o que me dava vontade de dar um tapa na cara dele e sentar no colo ao mesmo tempo — era o fato de que eu amei.
Odiei o quanto amei, mas amei.
— Me