A ideia de relaxar me parece um paradoxo, um convite à rendição que luto entre aceitar ou não. Minhas mãos tremem levemente, e a tensão se acumula em meu peito. Não posso fugir; o universo ao meu redor parece me dizer que todas as saídas estão bloqueadas. Se eu correr, o risco é mortal. Diante de Heros, minha única opção parece ser aceitar o que está por vir.
— Merda! Foda-se.
A cabeça inchada e vermelha do meu pau roça a sua bocetinha lisa e rosada e, caralho, estou tão duro como nunca estive. Solto os seus cabelos, segurando seu quadril com uma mão e abrindo a banda de sua bunda com a outra, e dou apenas uma única remetida para dentro dela, entrando por inteiro a fazendo gritar.Caralho… ela é apertada.Pressiono meu torso frio contra
Meus irmãos me observam em silêncio, quase como se esperassem pela próxima explosão tirânica que costumava liberar quando minha paciência se esgotava. Estamos no galpão, o cheiro de metal e produtos químicos misturados à poeira é sufocante. Hoje recebemos uma nova carga de armas — uma entrega que não pode atrasar, tive que vir e deixar Feyra em casa sozinha com o Noah, ao invés de eu estar lá com ela.Queria saber como ela está se sentindo neste momento, ainda mais após saber que ela teve a sua primeira vez com o Heros, seu que ele não faria nada que pudesse machucar ela. Conf
Viper, levemente recuado, analisa Heros. Um sorriso curto se forma em seus lábios, mas não há humor em seus olhos. Ele sempre foi inteligente o suficiente para saber quando se encontra diante de um predador.— Entendo o seu ponto, Capo, mas vou defender meus interesses — responde Viper, desafiador. Sua voz é calma, mas sinto a tensão no ar subindo, como um cabo prestes a se romper. — O Vale é um território complicado. Associar-me à Ndrangheta é um passo que eu não estou disposto a dar.
O outro lado da cama está vazio e bagunçado, um lembrete do tumulto que aconteceu na noite passada. Olho para a janela e vejo que o sol já está alto no céu, lançando uma luz vibrante que contrasta com a escuridão que sinto em meu coração. O silêncio é interrompido pelo som da porta se abrindo, e uma onda de apreensão me invade. Penso ser Heros, mas quem atravessa a porta é Noah, segurando uma bandeja de café da manhã.— Bom dia! — ele diz, entrando no quarto com um sor
Quando deixei Feyra na minha cama, dormindo tão serena, tive que controlar a vontade de acariciar a maçã do seu rosto. A lembrança da noite que tivemos ainda ressoa em minha mente, uma onda de desejo que me deixa duro ao pensar em sua maciez. Ela é tudo que eu não sou: macia, cheirosa e quente. O aroma de jasmim continua presente em mim, uma marca do seu corpo que se misturou à essência da banheira de Luther, uma pequena lembrança de Alicia, que ele ainda insiste em manter na sua vida. É um cheiro que continua a assombrá-lo, e talvez isso explique por que sua obsessão por ela só tem se intensificado.
Após passarmos na sede e finalizarmos as pendências, contactando nossos irmãos no armazém para verificar as entregas de armas, Luther me lembra que precisamos comprar algumas roupas para Feyra. Apesar de ele gostar de vê-la usando suas roupas, é claro que não podemos permitir que ela continue vestindo as mesmas peças para sempre. O pensamento de “sempre” ressoa em mim — será que ele realmente está imaginando um futuro ao lado dela? Esse coração sentimental dele pode ser sua ruína. Abro espaço no meu closet, organizando rapidamente as roupas para dar lugar às novas peças que acabamos de comprar para Feyra.Quando ela aparece, vestindo um suéter de Heros que vai até o meio de suas pernas, não consigo desviar o olhar. A gola alta abraça seu pescoço delicadamente, e as mangas longas pendem sobre suas mãos como se fossem um manto. Ela dobra as mangas e a visão de sua figura pequena envolta pela roupa só intensifica a compaixão que sinto — uma mistura de carinho e uma pontada CAPÍTULO 29 - LUTHER GREEN
Desço as escadas após ter passado o dia todo ontem com o Luther e encontro apenas o sádico no andar de baixo. A casa está envolta em um silêncio desconfortável, e a única coisa quebrando a monotonia é o som suave da conversa dele na cozinha. Ele está falando com a cozinheira, uma senhora de cerca de sessenta anos, cuja presença quase me escapa, já que mal me lembro de seu nome.— Olha, está viva, então… — ele diz ao me ver, sua voz cheia de ironia. — Pensei que o Luther