Ruby
Os dias que antecederam a festa de noivado foram estranhamente perfeitos.
Andrew cumpria o combinado, me tratava como rainha, mas não ultrapassava a linha que eu ainda não tinha liberado. Nenhum beijo na boca, nenhum toque além da mão ou da cintura quando era inevitável. Ele parecia saber exatamente onde ficava o meu limite e dançava em cima dele sem nunca pisar.
Numa tarde chuvosa, estávamos na mansão dele em Kensington, sala enorme, mesa coberta de convites dourados. Ele insistiu em escrever alguns à mão, “pra ficar mais pessoal”. Eu sentada do outro lado, caneta na mão, rindo da letra dele que parecia de arquiteto.
A chuva batia forte nas janelas. O fogo crepitava na lareira. Ele largou a caneta e me olhou por cima da mesa.
— Sabe como seria a minha lua de mel perfeita?
Eu levantei a sobrancelha.
— Me conta.
Ele se recostou na cadeira, voz baixa, quase um sussurro.
— Uma ilha só nossa. Dois meses. Você acordaria com minha boca entre suas pernas, devagar, até você implorar pra