—Aquele dia chorei bastante, senti-me muito mal, mas depois algumas coisas encaixaram. Era um dia duro para ti, mas eu não o sabia. Agora o sei. Tenta dizer as coisas, não te centrar em ferir-me, porque sou mais débil do que pareço. E se tentarmos nos comunicarmos melhor?
—Sim, isso seria uma boa ideia. Mas não é simples para mim.
—Pouco a pouco. Não te peço que me des conta de cada coisa que fazes, só que o que tenha que ver com os dois, com os três, que ao menos me o digas.
—Também serás sincera comigo?
—Desde logo, o tenho sido.
—Os teus pais chegam esta noite. O teu pai. —Ela ficou esperando que só fosse uma broma—. Rosario e as tuas irmãs.
—Que?
—Sinto… O outro dia, quando estive em San Francisco, não pude negar-me, estava tão cansado que não encontrei uma boa desculpa.
—Bem, não é para tanto. Milão não é nossa. Podem vir quando quiserem e, se não estou mal, a família Moretti vive aqui, têm razões de sobra para vir a Milão.
—A casa, Chiara. Vêm à nossa casa.
—Que?! Como po