Eram 10h da manhã quando ela decidiu caminhar pelo jardim. Fiorella carregava na mão direita uma xícara de chá; enquanto o calor subia, ela observava as flores ao redor. Amava o seu jardim.
Desde que o esposo abandonara a casa, o espaço parecia enorme. Aquela noite tinha sido muito incômoda e ela mal conseguiu dormir. Pensar que aquela mulher —sua ex-amiga— estava planejando ficar com o que pertencia aos seus filhos a enchia de medo e, ao mesmo tempo, de uma força imensa que a fazia sentir-se capaz de qualquer coisa, contanto que não deixasse aquela mulher se sair com a dela, contanto que não roubasse o que era de seus filhos.
Ela sabia —era plenamente consciente— de que aquilo era algo pessoal, que o alvo não eram os filhos. O alvo sempre tinha sido ela. Sempre.
Mas a única forma de feri-la era através dos filhos —e por isso eram esses os golpes que mais doíam.
Se Gio decidisse dar o sobrenome àqueles dois filhos da amante, Daniele Queen seria deslocado como filho mais velho. Como pe