96. Fuga Sangrenta
Caroline Hart
O som dos tiros ecoou pelos corredores, tão alto que pensei que meus ouvidos até iam estourar. O cheiro de pólvora tomou conta do ambiente misturado ao suor dos seguranças que me seguravam pelos braços. Eu lutava para me soltar, mas era como tentar quebrar aço com as unhas.
Meu pai se jogou atrás da mesa, olhos arregalados, gritando para que todos “derrubassem o invasor”. Damon surgiu como um raio na porta — os olhos de fera, o peito arfando, a expressão que misturava puro ódio e desespero.
“Soltem ela, agora!” Damon rugiu, a voz mais animal do que humana.
Um dos seguranças puxou uma arma e apontou para ele, mas Damon foi mais rápido: um salto e o homem voou contra a parede, desmaiado. O caos explodiu. Alguém atirou, o vidro da janela se estilhaçou, papéis voaram pelo escritório.
Tudo ficou em câmera lenta: eu ainda presa, Damon atacando os homens um a um, e Ava, que estava perto da porta, de repente se lançou para tentar me proteger
Foi nesse instante que virei para o l