95. Limite de sangue

Caroline Hart

O som dos sapatos do governador ecoou pela sala em um tom quase ameaçador, quando entrei no escritório.

Dois seguranças à porta, prontos para agir ao menor sinal. Ele estava sentado, rodeado de papéis, mas me olhava como se eu fosse um rato pego na ratoeira. O cheiro do tabaco misturado à colônia cara dele me enjoava.

"Que merda você estava fazendo pelos corredores, Caroline?" A voz dele cortou o ar, seca, autoritária.

Mantive o olhar firme. "Eu precisava andar. Ficar trancada nesse quarto está acabando comigo, o bebê mal para de se mexer."

Ele me estudou, olhos frios, depois um sorriso repuxou o canto da boca. "Você acha mesmo que sou idiota? Que não notei a sua ausência por tempo demais, bem na ala que é proibida aos hóspedes?"

Suspirei, tentando não tremer. "Só fui tomar um pouco de ar. Preciso disso para não enlouquecer."

"Não minta para mim." O tom mudou, mais baixo. " Ou será que quer me obrigar a te trancar de verdade?"

Segurei a respiração, buscando um pouco de
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