45. Marcada
Caroline Hart
O silêncio dentro do carro doía mais do que qualquer grito.
Damon segurava o volante como se ele pudesse salvá-lo de si mesmo. O maxilar travado. Os olhos totalmente fixos na estrada.
“Você não vai me contar o que foi aquilo no bar?”
Minha voz saiu seca, e a fúria contida nela era a única coisa me mantendo inteira.
“Já viu o suficiente, Hart.”
Ele nem olhou para mim. “Eu te avisei para ficar longe dele.”
“Você me culpando de novo? Aquele homem apareceu. Eu não fui atrás.”
“Você saiu da casa. Ignorou tudo que eu disse. E foi direto para um maldito problema! Ele quer te usar para chegar até mim, não entende?”
“Porque ele gostaria de me usar? Eu não sou anda para você. Você me tratou como se eu fosse só uma funcionária! Como se a noite passada não tivesse significado nada.”
Silêncio.
“Você não obedeceu,” ele repetiu.
“Eu não sou uma loba da sua alcateia. Não tenho que obedecer você.”
Ele bateu no volante com força. “Você não entende o que ele é. Do que ele é capaz.”
“Não,