44. Meus sentidos não erram.
Damon Thorn
A luz que entra na cortina do escritório é o suficiente para me incomodar.
Abro a porta do escritório, e subo em direção ao quarto de Hart.
A xícara de café sobre a bancada, a camisa dela pendurada na cadeira, o bilhete breve deixado ao lado da fruteira. Tudo estava no lugar… menos ela.
"Volto logo. Preciso respirar um pouco."
Curto. Seco.
E ainda assim, mais doloroso do que qualquer discussão.
Meus passos ecoaram pela sala, enquanto eu andava de um lado para o outro. Algo de errado havia.
Ela estava estranha desde cedo. Fria.
Me esquivou como se eu fosse um estranho.
Será que ela…?
Minha mandíbula travou.
Ela ouviu.
Eu tinha certeza disso.
A minha conversa com Victor.
As palavras que nunca foram pra ela, mas que agora me assombravam.
Eu havia quase dito que não a amava, que amor era uma fraqueza, e logo após a noite intensa que tivemos.
Fechei os olhos por um segundo, amaldiçoando minha própria boca.
"Puta merda."
Era mentira. Ou uma meia-verdade.
Uma fraqueza di