Damon Thorne O nome dele ainda ecoava no telefone quando fechei a porta atrás de mim.Zion.Meu sangue ferveu só de ouvir Caroline pronunciar aquele nome com aquele tom de medo, de frustração. Ela tentava esconder, mas eu ouvi tudo."Tem alguém muito poderoso ajudando ele, Carol."As palavras da amiga dela ficaram gravadas em minha mente como garras arranhando metal. O tipo de frase que carrega veneno.Quem está ajudando esse filho da puta? Era meu dever descobrir.Ela desligou. Eu fingi que não ouvi. Ela finge que continua segura. E eu… fingi que estou calmo.Mas não estou."Eu preciso resolver umas coisas", foi tudo que disse ao sair do quarto.Ela tentou perguntar. Mas eu não deixei espaço, eu não tinha muita paciência para lidar com perguntas.A noite estava fria.Mas o cheiro no ar me queimava por dentro.Deixei a casa sem dizer nada. Caroline estava no seu quarto. Eu podia ouvir seus passos leves no andar de cima, sua respiração irregular. Ela sentia que algo estava errado. E
Caroline Hart“Shhh… galera, calma. Não vou fazer barulho, mas estamos indo fazer uma surpresa para o meu noivo.” Comecei uma live no celular, sorrindo.Hoje conquistei o prêmio Michelin, que é um dos prêmios mais disputados na carreira de um chefe de cozinha. Senti que o mundo finalmente reconhecia tudo o que sacrifiquei para chegar até aqui.Assim que desci do palco, com o troféu ainda nas mãos, meu celular não parava de vibrar. Recebi vários convites: capas de revistas gastronômicas, participações em programas de TV, e até uma proposta de parceria com uma das maiores empresas de alimentos do mundo.A equipe de marketing da empresa de cooperação sugeriu que eu fizesse uma live para marcar o momento. Os dados mostravam que meu número de seguidores estava subindo em uma velocidade impressionante. Naquela manhã, faltavam cem mil para bater um milhão. Horas depois, a meta foi ultrapassada. E com ela veio o aviso: se eu atingisse um milhão de seguidores naquele dia, o contrato de colabor
Ninguém nos prepara para fugir quando o cárcere vem com uma aliança de noivado e o homem que amamos.O carro parou numa estradinha de terra. Árvores altas cercavam os dois lados, como se o mundo tivesse reduzido a silêncio e sombra. Narrowsburg. Um vilarejo esquecido no interior de Nova York, onde até o tempo parece desacelerar.A porta do carro se abriu sem cerimônia. O motorista deixou minha mala no chão de terra batida e partiu sem dizer uma palavra. Só o som dos pneus sobre a estrada molhada ecoou, até sumir por completo.Ali estava eu. Sozinha. Com o mundo desmoronado nas costas e um contrato maldito me prendendo a um homem que eu mal reconhecia.A casa surgiu entre as árvores como algo saído de um livro antigo. De pedra escura, varandas amplas e uma solidão que quase gritava. Um lugar isolado, esquecido. Perfeito para alguém que queria desaparecer — ou se esconder.Bati à porta, e uma mulher de olhar rígido me analisou por trás da corrente de segurança."Caroline Hart não é?", p
Ele estacionou em frente a um hotel modesto, e quando a porta atrás de nós se fechou, ele segurou a minha cintura, me puxando para mais perto, e eu arfei. Seu corpo era quente, como se pudesse me proteger do frio.A lembrança de Zion ainda pairava sobre a minha mente, mas eu queria esquecer.Eu me inclino para ele, sentindo suas mãos grandes e firmes arrancarem minha jaqueta e em seguida o meu vestido.Quando em seguida lentamente ele tira minha calcinha, e então solta um gemido profundo, e separa as minhas coxas, dando uma visão ótima para ele.Seguro seu rosto e memorizo cada detalhe do mesmo, sua barba por fazer,seus cabelos desgrenhados.Puxei seus cabelos castanhos enquanto minhas pernas se entrelaçaram em seu corpo. Seus lábios traçaram um caminho quente pelo meu pescoço, e eu me perdi completamente na sensação. Meus dedos cravaram em seus ombros firmes, sentindo a tensão dos músculos sob a minha pele.O desejo queimava dentro de mim como um incêndio incontrolável. Eu não queria
Damon ThornDeixei a humana dormindo e recolhi minhas coisas o mais rápido possível para que ela não me visse saindo.Isso evitaria perguntas.Eu não costumava cometer esse tipo de erro, minha alcateia era o que era, pois não me permitia ser um fraco.Eu prezava pela discrição, mas não consegui evitar o cheiro da mulher e sua forma de me enfrentar. Talvez esse fosse o ponto: todas que eu quero abaixam a cabeça para mim, e ela não o fez. E ela era extremamente atraente.Adentro a sala de casa, e minha governanta me olha desconcertada."Preciso tomar café da manhã, Daiana. Tenho muitas coisas a resolver ainda hoje", disse sem rodeios."Senhor… eu mesma preparei o seu café. A cozinheira não chegou, eu já verifiquei no chalé, na cozinha, ela não está em lugar algum."Minha mandíbula travou, e eu murmurei:"Maldição."É isso que dá contratar humanos, eles não têm responsabilidade com nada.A última cozinheira havia pedido demissão porque era inútil, eu já estava sem paciência. Por isso ac
Caroline HartO quão azarada eu podia ser?Segui direto para o chalé, ignorando a governanta que me olhava com desdém, como se soubesse de algo que eu não sabia. Ao chegar, entrei no chuveiro sem nem pensar duas vezes. Precisava tirar o cheiro e os resquícios daquele homem do meu corpo.A água quente escorria pelos meus ombros, mas não era suficiente para afastar a sensação dele. Meus olhos se fecharam, e por um instante, senti novamente o toque firme de suas mãos, o calor que queimava minha pele, os lábios pressionados contra os meus.Soltei um gemido frustrado, encostando a testa contra os azulejos gelados.Isso não podia estar acontecendo.Meu corpo traía minha mente. Eu sabia que precisava sair desse emprego. Que não podia ficar ali, não após descobrir quem ele era. Mas a verdade é que minha vida já estava uma bagunça antes disso. E agora… estava uma bagunça com salário alto.A frustração apertou meu peito, e antes que percebesse, lágrimas escorriam com a água. Solucei baixinho, t
"Conta bloqueada."Li a mensagem na tela com incredulidade. Digitei a senha de novo. Outra vez."Conta bloqueada."Tentei outro cartão, o da minha poupança. Mesmo aviso. Um frio percorreu minha espinha. Zion. Só podia ser ele. Era a única explicação. Ele tinha poder sobre minhas finanças, sempre teve.Desde que me convenceu a colocar tudo em nome conjunto. Idiota. Ingênua."Merda."esbravejei."Saí da fila sentindo o sangue pulsar nas têmporas. As pessoas ao redor pareciam flutuar, irreais. Minha cabeça martelava com mil pensamentos ao mesmo tempo. Eu precisava trabalhar. Precisava de dinheiro. Não havia outra escolha agora. Voltar para a mansão Thorn era a única saída.Zion fez isso, porque acha que em um ato desesperado eu voltaria para Nova York e casaria com ele. Mas somente por cima do meu cadáver!Me machuquei, mas estou viva, e eu iria provar quem ele era, e se casasse, seria apenas uma marionete controlada.Caminhei de volta para casa sem conseguir prestar atenção em nada. Só p
Damon Thorn"Reforçou a segurança da propriedade?", ajeitei o terno, encarando meu beta."Sim, meu Alfa."A sala de jantar principal da propriedade estava pronta para o jantar daquela noite. Velas acesas, taças alinhadas, cristais importados e uma mesa longa, preparada para acomodar os principais alfas da região. Convidados que, apesar de aliados, nunca deixavam de ser potenciais ameaças caso eu demonstrasse fraqueza.Geralmente, eu suportava esse tipo de reunião. Alianças eram sempre bem-vindas — e minha alcateia era visada.A cozinheira estava na cozinha, mas eu já conseguia sentir seu cheiro. Estava no ar antes mesmo do jantar ser servido. Eu não precisava vê-la para saber que ela estava ali. Meus sentidos nunca me enganavam.Eu esperava que ela fizesse a comida como eu havia ordenado.Os convidados começaram a chegar. Victor, meu beta, estava ao meu lado, como sempre."Tudo pronto, Alfa."Discutimos alguns detalhes. A mesma chatice de sempre: territórios, ameaças, filhos, lobas de