29. Verdades nuas e cruas
Damon Thorn
Ela disse que estava apaixonada por mim.
Ou algo próximo disso.
Eu devia ter recuado. Devia ter dito que ela estava em choque. Que era adrenalina, confusão, excesso de emoção ou medo.j
Mas eu não consegui dizer porra nenhuma.
Apenas fiquei parado ali, com as palavras dela ressoando dentro de mim como um uivo preso. Como uma verdade que o meu lobo já sabia... mas que o homem em mim não estava pronto pra ouvir.
Ela era tudo que eu devia evitar: pequena, frágil, humana.
Mas era tão forte quanto qualquer fêmea que eu já conheci.
E mais perigosa do que qualquer inimigo que eu já enfrentei.
Ela não fugiu.
Ela não me viu em forma de lobo e correu — como eu esperava, como eu até desejei, numa parte covarde do meu instinto.
Eu desejei que ela fugisse, porque, no fundo, não sei se sou capaz de dar o que ela merece.
Mas ela ficou.
E agora... me olhava como se ainda fosse possível existir “nós”.
Eu fechei os olhos, respirei fundo.
"Por que você me mostrou?"ela me encarou."
A pergun