Caroline Hart
O primeiro sentido que me acordou foi o calor.
O calor do corpo dele, do quarto, da pele ainda sensível da noite que compartilhamos.
Abri os olhos devagar.
O teto acima de mim era diferente.
Mais alto. Mais escuro.
O aroma do ambiente era inconfundível — madeira, fumaça e o cheiro inebriante que eu começava a associar a Damon Thorn.
Demorei alguns segundos para entender onde estava.
No quarto dele.
Damon estava deitado de lado, um braço pesado jogado sobre minha cintura, como se até inconscientemente quisesse me manter perto.
Meu olhar deslizou por ele sem pudor.
A pele bronzeada sob a luz fraca, o cabelo bagunçado, a expressão relaxada — tão diferente do homem que eu conhecia acordado.
E então vi.
No ombro dele, descendo pela lateral do braço, uma tatuagem.
Não era um desenho comum.
Era uma lua cheia, envolta por marcas tribais — símbolos rústicos, quase primitivos, que pareciam vibrar com a respiração dele.
Meus dedos, guiados por vontade própria, tocaram a pele aquec