Caroline Hart
Abri o guarda-roupa, procurando por um casaco.
Me deparei com um novo — macio, escuro, perfeitamente dobrado.
Damon...
Só podia ser ele.
Suspirei. Eu não sabia o que ele pretendia ao me levar para fora, mas, de algum modo, a ideia de estar com ele longe da casa — sem paredes, sem regras — fazia meu estômago se revirar.
Vesti o casaco. O cheiro dele estava impregnado no tecido.
Meu celular vibrou em cima da cômoda.
Atendi no impulso.
"Carol! Você sumiu!" ele disse, com a voz carregada de preocupação. "Tá viva nesse fim de mundo?"
Sorri, aliviada por ouvir aquela voz familiar.
"Estou bem, Dan. O sinal aqui é péssimo, por isso não consegui ligar antes."
"Desde que soube do que o Zion fez, fiquei em alerta. Você sabe... você é minha filha, Carol. Mesmo não sendo de sangue."
Engoli em seco. Ele não precisava dizer aquilo. Eu sabia.
"Quando minha mãe morreu, só restou você," sussurrei. "E você sempre foi o meu pai. O único que conheci. Te amo, e darei noticias."
"Também te amo