112. Entrevista
Caroline Hart
O som do telefone ainda ecoava na minha cabeça quando voltei para dentro de casa. A notícia já estava rodando na redação, e em menos de uma hora o jornalista me mandaria o link da entrevista marcada. Minhas mãos tremiam, mas era um medo diferente, era coragem bruta. Era fazer o que precisava ser feito, mesmo sabendo das consequências.
Damon estava sentado na poltrona do escritório, as mãos cruzadas, olhando para a lareira apagada. Assim que entrei, ele ergueu o olhar. Aquele olhar. O Alfa. O homem. O lobo. Tudo misturado, mas naquele momento, tudo era pura fúria.
“Você já decidiu?” a voz dele era um trovão abafado.
“Já.” Eu não hesitei. Não mais. “Eu preciso falar. Eu preciso expor esse homem, Damon. Chega de fugir.”
Ele se levantou, atravessando o cômodo até ficar a poucos centímetros de mim. Seu cheiro, sempre tão reconfortante, agora parecia eletrificado. Raiva, medo, instinto de proteção.
“Você tem ideia do que isso significa, Hart? Vai chamar a atenção de todos para