111. Filha do governador
Caroline Hart
A manhã parecia mais tensa do que nunca. Eu ainda conseguia sentir o cheiro de fumaça no ar, mesmo depois que os bombeiros foram embora.
A tosse me perseguia um pouco, mas já estava bem, ser lobo era incrível. Eu conseguia me curar mil vezes mais rápido.
A mansão estava cheia de gente: advogados, empregados tentando consertar a bagunça, gente da reforma olhando para mim como se eu fosse culpada por atrair problema.
Que merda.
Eu sentia o olhar de todos. Sabia que ninguém ali me achava digna da alcateia, mesmo depois do incêndio, mesmo após salvar um operário. E mesmo que Damon tentasse me proteger, tudo parecia frágil demais naquele momento.
Damon apareceu no corredor, celular no ouvido, o maxilar tenso.
“Eles disseram que vão analisar as imagens das câmeras. Só que… sumiram algumas gravações, Hart.”
Meu estômago virou. “Sumiram como?”
“Alguém mexeu no sistema. O advogado acha que foi sabotagem. E o seguro vai complicar tudo.”
Sentei na poltrona da sala, sentindo o bebê