107. O jogo do predador

Damon Thorn

O quarto do hotel ainda estava impregnado do cheiro dela. Do nosso amor da noite passada. Mas paz, para mim, é sempre um intervalo, a porra da paz nunca dura na vida de um lobisomem.

O telefone mal tinha parado de tocar quando Hart veio até mim, os olhos marejados, os dedos trêmulos, e me entregou o celular. Era Ava. Li a mensagem e senti a bile subir na garganta.

Olhei para o visor e a mensagem me fez engolir o seco.

"Não se preocupem comigo. Eu preciso ficar com a mamãe. Não quero mais causar problemas. Eu amo você Hart, e agradeço ao Damon por me ajudar. Por favor, não me procurem."

"NÃO AGUENTO MAIS PERDER."

Meu grito quase rasgou o teto, mas só ecoou dentro do peito. Joguei o travesseiro na parede com tanta força que as almofadas voaram. O quarto virou uma zona de guerra, o espelho quase caiu.

Hart me segurou.

"Damon… "murmurou." Eu não posso obrigar a minha irmã."

Eu já sabia o que fazer. Fui até a porta, peguei as chaves, sentindo o lobo à flor da pele.

"Isso não é
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