O som do impacto ecoou pela clareira.
Alicia caiu de joelhos na terra úmida, o peito arfando. As palmas das mãos estavam sujas de barro e pequenas folhas secas grudavam em seu cabelo. O gosto metálico de sangue enchia sua boca. De novo.
— Levanta. — A voz de Kael soou firme, cortante.
Ela apertou os punhos, tremendo.
— Você não está pegando leve — cuspiu, entre os dentes.
— Não posso. — Ele deu um passo à frente, o olhar impassível. — Seus inimigos também não vão.
Ela o odiava naquele momento. Odiava a calma com que ele falava, a frieza dos olhos, a forma como seus músculos se moviam sob a pele bronzeada, impecável, como se aquilo tudo fosse fácil demais pra ele. Como se ela fosse apenas uma novata quebrada tentando sobreviver.
Mas também… parte dela o admirava. E talvez fosse isso que doía mais.
Alicia se levantou, os músculos gritando em protesto. O treinamento havia começado ao amanhecer, e o sol já se escondia entre as árvores. Kael não poupava esforços — e ela também não aceitava