Eu e o Ryan entramos na limusine. Depois que ele fechou a porta, é como se estivéssemos seguros dentro de uma caixinha selada. Lá fora, os ruídos da cidade desaparecem, engolidos pelo silêncio acolchoado. Só restam nossas respirações e o leve atrito dos tecidos do banco de couro, que range discretamente quando nos acomodamos.
Ele aperta um botão, e o vidro escuro laminado – com interlayer acústico e câmara de ar – sobe devagar, isolando completamente a cabine do Jake. Um gesto simples, mas que muda tudo: agora estamos sozinhos, sem qualquer intrusão.
— Ryan…
— Eu sei. — Ele se vira para mim com o cenho levemente franzido, e coloca uma mão firme em minha cintura. Com a outra, acaricia meu rosto com delicadeza.
A doçura desse gesto me desmonta. Um suspiro escapa do meu peito, como se eu estivesse libertando uma tensão que segurava há horas. Como se, finalmente, eu pudesse respirar.
Ah, que coisinha fraca é você, hein Katerina… Caiu nas garras dele outra vez.
— Eu tive tanto medo que ele