CAPÍTULO 50
O hospital estava silencioso, exceto pelo bip constante dos monitores. Lavínia repousava na cama, frágil, mas viva. Cada respiração era medida, cada movimento observado por RB, que não se afastava nem por um segundo. Os últimos dias haviam sido um turbilhão de pólvora, sangue e medo, e agora ele precisava garantir que a mulher que carregava sua filha se recuperasse em segurança.
— Está melhor hoje — disse RB, segurando sua mão. — A hemorragia foi contida, e os médicos garantiram que você vai ficar bem.
— Eu sei… mas ainda dói — respondeu Lavínia, voz fraca, olhos fixos nos dele. — Obrigada por não ter me deixado sozinha.
Ele apertou sua mão, sentindo cada pulsar, cada fio de vida que conectava os dois.
— Nunca — disse firme. — Você é tudo pra mim. Não importa o que aconteça, sempre vou estar aqui.
Enquanto ela descansava, RB refletia sobre os últimos acontecimentos. A brutalidade da guerra, a morte de Mirtes, a tentativa de ataque no hospital. Tudo ainda ecoava na m